segunda-feira, 14 de setembro de 2015

GUERRA DE ISRAEL vs PALESTINA




Os conflitos entre Israel e Palestina nasceram em tempos remotos, pois se enraízam nos ancestrais confrontos entre árabes e israelenses. Mas os embates entre estes povos, que detêm a mesma origem étnica, recrudesceram no final do século XIX, quando o povo judeu, cansado do exílio, passou a expressar o desejo de retornar para sua antiga pátria, então habitada em grande parte pelos palestinos, embora sob o domínio dos otomanos. O ideal judaico de retorno á terra natal de seus antepassados é conhecido como Sionismo, vigente desde 1897, estimulado pela Declaração de Balfour, iniciativa britânica, que dá aos judeus aquilo que até então eles não tinham, direitos políticos próprios de um povo. Neste momento, vários colonos judeus começaram a partir na direção da terra prometida.

Com a queda do Império Otomano, a Inglaterra transforma a região em colônia britânica, instituindo um protetorado - apoio dado por uma nação a outra menos poderosa - na região pleiteada tanto por palestinos quanto por israelenses, o qual se estendeu de 1918 até 1939. Depois do início da Segunda Guerra Mundial, com a perseguição do Nazismo aos judeus, os problemas se agravaram, pois mais que nunca eles desejavam retornar à Palestina, há muito tempo consagrada como um território árabe.

O principal confronto entre palestinos e israelitas se dá em torno da soberania e do poder sobre terras que envolvem complexas e antigas questões históricas, religiosas e culturais. Tanto árabes quanto judeus reivindicam a posse de territórios nos quais se encontram seus monumentos mais sagrados. A ONU ofereceu aos dois lados a possibilidade de dividir a região entre palestinos e israelenses; estes deteriam 55% da área, 60% composta pelo deserto do Neguev. A Palestina resistiu e se recusou a aceitar a presença de um povo não árabe neste território.

Com a saída dos ingleses das terras ocupadas, a situação se complicou, pois os judeus anunciaram a criação do Estado de Israel. Egito, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque se mobilizaram e deflagraram intenso ataque contra os israelenses, em busca de terras. Assim, o Egito conquista a Faixa de Gaza, enquanto a Jordânia obtém a área composta pela Cisjordânia e por Jerusalém Oriental. Como conseqüência desta disputa, os palestinos são desprovidos de qualquer espaço nesta região.

A OLP – Organização para Libertação da Palestina –, organização política e armada, voltada para a luta pela criação de um Estado Palestino livre, é criada em 1964. Logo depois, em 1967, os egípcios passam a impedir a passagem de navios israelenses e começam a ameaçar as fronteiras de Israel localizadas na península do Sinai, enquanto Jordânia e Síria posicionam seus soldados igualmente nas regiões fronteiriças israelenses. Antes de ser atacado, o povo israelita dá início à Guerra dos Seis Dias, da qual sai vitorioso, conquistando partes da Faixa de Gaza, do Monte Sinai, das Colinas de Golã, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Em 1982, obedecendo a um acordo com o Egito, assinado em 1979, os israelenses deixam o Sinai.

Em 1973, outra guerra se instaura entre Egito e Síria, à frente de outros países árabes, e Israel, o Yom Kippur, assim denominada por ter se iniciado justamente nas comemorações deste feriado, um dos mais importantes dos judeus, com um ataque surpresa dos adversários. Este embate provoca no Ocidente uma grande crise econômica, pois os árabes boicotam o envio de petróleo para os países que apóiam Israel, mas apesar de tudo os israelenses saem vitoriosos, com acordos estabelecidos em Camp David, território norte-americano. O Egito é o primeiro povo árabe a assinar um tratado de paz com Israel, sob os governos do egípcio Anuar Sadat e do primeiro ministro israelense Menahen Begin. Em conseqüência deste ato, o país é expulso da Liga Árabe.

Mas a paz não dura muito. Em 1982 Israel ataca o Líbano, com o suposto objetivo de cessar as investidas terroristas que seriam empreendidas pela OLP a partir de bases localizadas neste país. Cinco anos depois ocorre a primeira Intifada – sublevação popular assinalada pela utilização de armas rudimentares, como paus e pedras, atirados contra os judeus; mas ela não se resumia só a essas investidas, englobava também vários atentados sérios contra os israelenses. Finalmente, em 1988, o Conselho Palestino rejeita a Intifada e aceita a Partilha proposta pela ONU.

No ano de 1993, através do Acordo de Paz de Oslo, criou-se a Autoridade Palestina, liderada pelo célebre Yasser Arafat. Os palestinos, porém, continuaram descumprindo as cláusulas do tratado por eles firmado, pois a questão principal, referente a Jerusalém, se mantém em aberto, enquanto os israelenses, mesmo dispostos a abandonar várias partes dos territórios ocupados em Gaza e na Cisjordânia, preservam neles alguns assentamentos judaicos. Por outro lado, não cessam os atentados palestinos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário