A Guerra Civil de Serra
Leoa começou em 1991, pela Frente Revolucionária Unida (FRU), sob comando de Foday
Sankoh, que lutava para derrubar o governo
central do país. Dezenas de milhares de pessoas morreram e mais de 2 milhões de
pessoas (bem mais de um terço da população) foram deslocadas por causa dos 11
anos de conflito. Os países vizinhos tornaram-se abrigo para os refugiados que
tentavam escapar da guerra
civil. O conflito tornou-se conhecido por
muitos dos massacres, amputações de membros, uso massivo de crianças-soldado e tráfico de diamantes de sangue como um método de financiamento das forças rebeldes. A guerra
foi declarada oficialmente como encerrada em 18
de janeiro de 2002.
Guerra
Desde a independência
do país em 1961, o cenário político da nação foi marcado por corrupção, má
administração governamental e violência nos processos eleitorais, que acabavam
por enfraquecer a sociedade civil, com o colapso de várias instituições, como o
sistema educacional e de saúde, que gerou, no começo dos anos noventa, uma
juventude analfabeta tremendamente frustrada, que encontraram voz em grupos
extremistas como a Frente
Revolucionária Unida (Revolutionary
United Front ou RUF). A RUF foi fundada por Foday Sankoh, um ex-militar
serra-leonês, que prometia, acima de tudo, igualdade na distribuição das rendas
provenientes da venda de diamantes. Os diamantes de Serra
Leoa eram considerados alguns dos melhores do mundo e o país extraía centenas
de pedras por dia. Contudo, os grandes lucros raramente eram repassados para a
população, que sofria com a pobreza. As promessas de Sankoh de redistribuir os
lucros de diamantes para o povo rapidamente desapareceram quando ele passou a
usar esse dinheiro para financiar sua milícia. A RUF nunca deixou claro qual era sua
visão política, mas alegava lutar pela liberdade do povo de Serra Leoa. O grupo
recebeu vasto apoio de Charles Taylor, então presidente da
Libéria, que também usava diamantes para financiar seu próprio conflito civil
em seu país.
Representações
A guerra civil serviu de fundo para o filme de 2006 "Diamante de Sangue", estrelado por Leonardo DiCaprio, Djimon Hounsou e Jennifer Connelly.
No final do filme "O Senhor das Armas", Yuri Orlov (interpretado por Nicolas Cage) vende armas às milícias durante a guerra civil
da Serra Leoa. As milícias são
aliadas com André Baptiste (Eamonn Walker), que é inspirado em Charles Taylor.
A utilização de
crianças pelos rebeldes (militares da FRU) e pelas milícias do governo foram
marcas desta guerra e continuam sendo até os dias de hoje. Isto é descrito no
livro de Ishmael Beah de 2007, A Long Way Gone: Memoirs of a Boy
Soldier
Interessante o post
ResponderExcluirComo sempre. Colonizam, exploram, após a independência fica ao Deus Dará
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