O continente africano é palco de uma série de
conflitos, consequência da intervenção colonialista, principalmente no fim do
século XIX e início do século XX. Esse processo de intervenção interferiu
diretamente nas condições políticas, econômicas e sociais da população
africana.
A divisão territorial do continente teve como
critério apenas os interesses dos colonizadores europeus, desprezando as
diferenças étnicas e culturais da população local. Diversas comunidades, muitas
vezes rivais, que historicamente viviam em conflito, foram colocadas em um
mesmo território, enquanto grupos de uma mesma etnia foram separados.
Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu um
intenso processo de independência das nações africanas. Porém, novos países se
formaram sobre a mesma base territorial construída pelos colonizadores
europeus, desrespeitando a cultura e a história das comunidades,
consequentemente inúmeros conflitos étnicos pela disputa de poder foram
desencadeados no interior desses países.
Outro fator agravante para o surgimento desses
conflitos na África se refere ao baixo nível socioeconômico de muitos países e
à instalação de governos ditatoriais. Durante a Guerra Fria, que envolveu os
Estados Unidos e a União Soviética, ocorreu o financiamento de armamentos para
os países africanos, fornecendo aparato técnico e financeiro para os distintos
grupos de guerrilheiros, que muitas vezes possuíam – e ainda possuem – crianças
que são forçadas, através de uma manipulação ideológica, a odiarem os diferentes
grupos étnicos.
São vários os conflitos no continente africano;
o que é pior, muitos deles estão longe de um processo de pacificação. A maioria
é motivada por diferenças étnicas, é o que acontece em Ruanda, Mali, Senegal,
Burundi, Libéria, Congo e Somália, por exemplo. Outros por disputas
territoriais como Serra Leoa, Somália e Etiópia; questões religiosas também
geram conflitos, é o que acontece na Argélia e no Sudão. Além de tantas
políticas ditatoriais instaladas, a que teve maior repercussão foi o apartheid
na África do Sul (política de segregação racial que foi oficializada em
1948), com a chegada ao poder do Novo Partido Nacional (NNP). O apartheid não
permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na
maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais
segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.
Deve-se haver a intervenção de organismos
internacionais para que esse e outros problemas do continente africano (aids,
fome, economia, saúde, etc.) sejam amenizados, pois esse processo é
consequência das políticas colonialistas dos países desenvolvidos, que após
sugarem a riqueza desse povo, abandonaram o continente, deixando uma verdadeira
mazela.
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